segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Quem ela pensa que é?


Qual é o problema dela? Será que ela não entende que pra ela, ele não existe mais? Será que ela não entende que ela NÃO vai mais ter ele só pra ela? Pelo menos, não se depender de mim. Será que ela não consegue tentar ver a felicidade das pessoas a não ser a dela? Será que não basta ela me atormentar por palavras em um computador, e tem que vim me atormentar nos sonhos? Será que ela não entede que eu o amo e ele me ama? Será que ela não entende o que é o FIM e um novo começo? Será que ela não vai desistir nunca de tentar acabar com a minha vida? Porque não consigo gostar dela meu Deus? Já tentei de tantas formas gostar dessa coisa e não consigo. Ela tem alguma coisa muito forte que me faz odia-la com todas as minhas forças. Ela tem alguma coisa que faz me dar nojo, que me faz estranhar, que me faz dar uma dor no coração. Mais o que é que ela quer? Me provocar? Se for, está conseguindo. Mas sabe de uma coisa? Não vou me rebaixar ao nivel dela. Tudo bem que eu posso não ter nada pra ser perfeita ou pra ter algum nivel, mais ao dela? Nunca, nunca que eu chego perto. Ela tem uma coisa dentro dela, uma coisa chamada vingança. Que só porque uma coisa não deu certo pra ela, ela quer devolver na mesma moeda, ela quer fazer as pessoas sentirem na pele o que ela sentiu. Isso se chama vingança, isso é pecado. Ela tem um pecado horrivel dentro dela e eu posso ve-lo. Ela não sabe ser feliz, sem antes quebrar um coração. Ela não sabe ir dormir, sem antes pensar em como me destruir. Não vai me destruir, pois não sou que nem ela, não sou fraca, não tenho um coração de pedra que gosta de vingança. Eu sei seguir em frente, mesmo chorando com o coração estraçalhado, eu sei. Mas ela? Ela, se raxou uma parte do coração, pensa que só por isso deve sair quebrando em mil pedaços o coração das pessoas, porque o dela.. deu apenas um raxadinho que pode muito bem concertar e ficar melhor. Não, eu não quero gostar dela, não mesmo. Quem ela pensa que é?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Crescer....




















Antes, me lembro que eu queria muito ser gente grande, crescer acima de tudo. Eu sempre pensava que quando eu crescesse, eu iria sair pra onde eu quisesse, iria ser que nem meus irmãos, como eu sempre via eles, saindo, indo em festas, voltando tarde pra casa, sempre assim. Quando eu era pequena, eu sempre acordava sete horas em ponto da manhã só pra ir deitar no cantinho do meu pai pra assistir desenho, todos os tipos de desenho. Era sempre eu e ele lá na sala, rindo, e ele sempre me aconchegando. Eu nunca chorava a não ser quando eu me machucava ou quando o papai e a mamãe brigavam comigo porque eu fiz coisa errada, derrubei tal coisa, rasguei a toalha, quebrei o espelho lindo da mamãe. Eu sempre saia com meu pai, sempre. Era sempre ele que eu queria quando eu me sentia só, ou maguada, ou com medo, ou estressada. Era no cantinho dele que eu sempre queria ficar deitada. Mas tudo muda, TUDO. Agente cresce, não tem mais aquele carinho pelos pais, por mais que a sua vontade seja abraçar eles todos os dias o mais apertado possivel, alguma coisa impede. Você se impede. Você cresce, muda seus pensamentos, quando chora, chora porque ama uma pessoa ou porque essa pessoa não te ama. Quando o papai e a mamãe briga com você, tá brigando porque você tá sendo grossa, ou ridicula, assim como eles muitas das vezes. Você tem que estudar, e não ficar pintando um desenho de coelhinho com lapis de cera. Você tem que pensar no que você realmente quer ser no futuro, e não ficar pensando que você vai ser um super heroi e vai sair voando como nos contos de fada. Você não deita mais no cantinho do papai porque ele sempre briga com você por causa do seu jeito de ser. Eu sinto tanta falta do meu passado. Sinto tanta falta de quem eu era e de quem meu pai era. Sinto tanta falta de deitar no cantinho dele e reclamar quando ele saia. Sinto tanta falta, tanta.. mais tanta ):

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Essa vai pra mila ehn? merece. KK

primeiro agente tava assim











depois agente tava assim










ai depois agente tava assim











e continuo assim.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011


Ela sonhou esses dias que eu estava chorando muito, e do nada ela chegou na minha casa e eu estava chorando muito. Eu fui correndo abraça-la e fiquei chorando, ela não perguntou nada, pois ja sabia que era sobre o Felipe. Havia uma carta em cima da minha cama, e eu dei para ela ler... a carta era da Eduarda, ela dizia que o Felipe estava morto por causa da doença. E eu não parava de chorar, não sabia o que faria da minha vida sem ele. Eu a olhava com medo, com desconfiança, com saudades, com vontade de sumir. E ela chorou comigo, chorou porque não queria que eu sentisse aquilo. Então ela passou uma semana na minha casa, e eu não queria sair do meu quarto. Ela me convenceu a entrar no msn e falar com a Eduarda, quando eu entrei o Felipe estava on, e a Eduarda havia deixado mensagem offline pra mim do tipo:
* tainah, preciso muito falar com voce.
* tainah, é serio!
* tainaah, o que aconteceu com voce?
Eu não havia entendido nada, e nem ela.
O Felipe veio falar comigo, ele dizia que estava mentindo, que não sabia como me contar, mas ele era a Eduarda. No mesmo momento eu sai do msn e a abracei. Fiquei deitada em seu peito mas não chorava, até que eu dormi e nao acordei.

sábado, 15 de janeiro de 2011

As vezes...














Nada perfeito pode me completar a não ser um único menininho lindo. Amor eu queria ser tão boa nas palavras quanto você mas sei que não vou conseguir, nada se compara à você, nada mesmo. As vezes eu queria ser o teto do seu quarto, só para te ver acordando todos os dias. As vezes eu queria ser o copo de suco que você toma pela manhã. As vezes eu queria ser o seu sapato só para ver seu pezinho feio nas 24 horas do dia. As vezes eu queria ser o portão da sua casa para te ver sair sempre. As vezes eu queria ser a calçada por onde você pisa para sempre saber onde você vai. As vezes eu queria ser o vento que sempre te acompanha e poder estar sempre com você. As vezes eu queria ser a agua que cai do chuveiro quando você toma banho só para poder estar sempre deslisando por todo o teu corpo. As vezes eu queria ser a tela do seu computador só para ser olhada por você por várias, várias horas. As vezes eu queria ser o garfo que você usa para comer só para poder sentir sempre o gosto da sua boca. As vezes eu queria ser a luz do sol que clareia o seu quarto só para poder sempre te iluminar. As vezes eu queria fazer parte da sua vida como ninguem faz. As vezes eu queria ser a sua rotina. As vezes... as vezes não.. eu queria sempre estar ao seu lado. Eu te amo.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

orelhudo :x

Não vou dizer que estou sofrendo, pois não estou. Mais acredite, ainda poderia estar melhor se estivesse aqui menino. Mesmo eu estando com raiva de você por ter indo embora por um tempo, sinto sua falta, Sim, sinto muito sua falta. E ainda continuo te achando um idiota, trouxa, viado, chato, besta, orelhudo, filho da mãe e tudo de ruim. Tá? Então, se você for voltar, quer parar de frescura e volta logo ? Que coisa :x fica ai fazendo charminho u_u KKK sinto sua falta.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Dias melhores virão...














E mais uma vez seguindo em frente. Mais uma vez tocando a vida pra frente. E acredite, não vou voltar atrás. Tudo será como ele quis. Por mais que continue seguindo minha vida sem entender o motivo disso tudo, eu não vou desistir da minha felicidade. Vou pensar em mim como nunca pensei em nada. Vou pensar em meus pais, na minha familia, nos meus amigos. Afinal, quantos eu perdi por pensar apenas em uma pessoa? Vários. Vou pensar na minha vida e no que eu quero. Vou pensar em tudo, mais em tudo que eu vou fazer. Porque tudo o que eu fiz, não importa. Não vou me arrepender de nada que eu fiz e sim do que eu não fiz. Sei apenas que quando uma flor se mucha, outra nasce em seu lugar, até mesmo uma outra flor mais bonita. Que quando um dia acaba, sempre nasce outro. E sempre vai ser assim. Um dia melhor que o outro. Dias melhores virão ...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Estou afundando ...




















Estou afundando, estou presa. Estou sem lembranças, estou sem você. Estou confusa, estou mentindo pra mim mesma. Estou com medo, estou perdendo a batalha. Vejo o fim se aproximando de uma maneira cruel e dolorosa. Não consigo mais pensar em você sem ter que me machucar por dentro. Não sei mais se sigo em frente ou se fico parada, pois estou presa. Estou morrendo um pouco a cada dia que passa. Você está me deixando louca. Tudo está indo embora, as pessoas, os objetos, as palavras, os carinhos... tudo o que conquistei até hoje. Tudo está se perdendo em um mundo cheio de sofrimento e dores. Em um mundo escuro, totalmente escuro. As pessoas pra quem eu olho, já não tem mais o mesmo sorriso. Já não é mais aquele sorriso sincero e que me confortava sempre. Não. Muito pelo contrario. É um sorriso de mudança, um sorriso de desprezo, um sorriso de cançado, de inveja, de ódio, de dores, de sofrimento. Estou afundando em um mar profundo de um mundo escuro. O que fazer? Não. Mais eu não posso pensar. Não sei mais pensar. Não sei mais o que fazer. Mas eu ainda estou com medo. Ainda estou com medo de que você vá embora, para sempre. Com medo de que você suma e eu não tenha a oportunidade de te ter em meus braços. Estou com medo. Estou com muito medo. Sinto meu coração bater menos, depois da ultima vez em que brigamos. Meu coração já não é mais o mesmo. Mas e o fim? Ele está se aproximando. Tanto pra mim quanto pra você e para todos. Estou morrendo.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011















Não sei... sabe quando você cansa de tudo? Simplismente se cansa. Não quer mais sair. Não quer mais olhar pela janela e reparar o formato das núvens. Não quer mais entrar na cozinha porque sabe que se comer, vai gastar o pouco tempo que você ainda tem do dia. Não quer mais se olhar no espelho e reparar seu cabelo e ver como ele está bonito, reparar nos seus olhos e convencer a si mesma de que eles estão mais claros, reparar na sua boca que está perfeita como nunca esteve antes, reparar seu corpo e se chamar de perfeita. Simplismente não quer mais nada. Não quer mais levantar a cabeça do travisseiro quando acorda, porque sabe que seu dia será o mesmo que o de ontem e que o de antes de ontem e do dia anterior ao de antes de ontem, e assim vai. Não quer mais pensar nele porque sabe que seu coração, seu fútil coração vai doer... por mais que a função de seu coração seja bater cada vez mais forte quando pensa nele, não... não bate coisa nenhuma. Pelo contrario, dói. Dói muito, muito mesmo. Sabe quando voce está com uma coisa intalada na garganta e essa coisa fica um bom tempo lá e quando sai, sai pelos olhos ? Porque? Eu sei que você me machuca, todo mundo está me machucando. Eu queria muita compreensão nesse momento, apenas compreensão. Essa coisa se chama mágoa. Eu realmente, estou magoada... com você, com todos, com tudo. Não estou vivendo.

domingo, 9 de janeiro de 2011

enquanto ela segura suas mãos...

brinque com seus dedos. Quando ela estiver com o rosto perto do seu e olhando nos seus olhos, não se demore, beije-a. Quando ela te bater ou te chutar ou estiver com raiva de você, segure ela firme e abrace-a. Quando ela estiver quieta, ela está pensando em como te dizer que te ama. Quando ela te ignora, ela quer toda sua atenção. Quando ela quer ir embora, segure ela pela cintura e nunca deixe ela ir. Quando você a vê muito mal, diga o quão maravilhosa e especial ela é para você. Quando ela grita com você, grite de volta que a ama se o sentimento for verdadeiro. Quando ela está com medo, abrace-a e diga que está tudo bem, pois você com ela. Quando ela está preocupada com algo, beije-a e diga para ela não se preocupar. Quando ela virar as costas ou fugir de você, corra atrás dela e pegue-a pela mão. Quando ela está envergonhada, fale: eu te amo.
(Por Bruna Perotti)

sábado, 8 de janeiro de 2011






Um garoto deu a uma garota 10 flores. 9 de verdade e uma feita de plástico. E disse: “Eu vou te amar até que a última delas morra...”

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Me leve a algum lugar onde possamos ficar sozinhos
Eu estarei esperando, tudo que faremos é correr
Você será o príncipe e eu serei a princesa,
Esta é uma história de amor, querido, apenas diga sim.
Me salve, eu tenho me sentido tão sozinha
Eu continuei esperando por você, mas você nunca veio
Isso está na minha cabeça? Eu não sei o que pensar
Ele se ajoelhou no chão e puxou um anel...
E disse...
Case-se comigo, você nunca terá de ficar sozinha
Eu te amo, e isso é tudo o que eu realmente sei
Eu falei com seu pai, vá pegar o vestido branco
Essa é uma história de amor, querida, apenas diga sim.

Por Thais Regina -Dreams and Illusions -















Certo, eu nunca fui um cara perfeito, e pelo meu ponto de vista eu cometi bastante erros. E toda vez que eu perguntava: Amor, você está bem? Ela me respondia: sim amor, estou. Mas eu não entendia o por que ela sempre abaixava a cabeça para responder isso. Quando saíamos, ela vivia olhando pro nada, distraída e muito pensativa. E quando estava perto de mim, olhava no mais profundo dos meus olhos. Nenhuma garota sentiu por mim, o que ela sentiu. Ela me enchergava com outros olhos, ela sempre queria cuidar de mim. E eu a achava quase insuportável pelos seus ciúmes chatos, e quando ela pegava no meu pé então. E o nome disso era Cuidado! O tempo foi passando, e era como se ela estivesse cada vez mais distante. E foi aí que eu comecei a me ligar nela, claro, foi aí que eu fui percebendo que isso chegava a doer em mim. As coisas começaram a mudar de um jeito tão rapido, e impossivel de parar. E eu me perguntava o que tinha havido com ela, o motivo da estranhesa dela dos ultimos meses … E eu simplesmente não conseguia enxergar. Aos poucos ela foi deixando de me procurar, me desesperei … fiquei louco cara. Então meus dias foram dedicados a uma única coisa, faze-la feliz. E em um dia como os outros, eu liguei o computador e ela não estava online, achei estranho por que no final da tarde ela sempre estava ali me esperando entrar. Procurei seu orkut, e simplesmente não estava mais lá. Tinha sumido, de algum modo tinha sumido. E eu tentei ligar pra ela, chamava chamava e ela não atendia (…) E me deu tristeza, me deu raiva, revoltada. Somente por ela ter sumido assim, por não me procurar, por não me avisar. Deixei meu orgulho falar mais alto e resolvi que não iria correr atras dela. E todo dia eu me sentia como se tivesse morrido uma parte de mim. Eu ia todos os dias aos lugares que costumavamos ir juntos, e ela não saia da minha cabeça. E o que mais doia em mim, era ver que ela não estava lá, segurando a minha mão, com aquela alegria de quem conhece um amor, sussurrando no meu ouvido o quanto me ama. Eu nunca mais a vi, e eu perguntei pra sua amiga: Ela está bem? e sua amiga respondeu: Você a conhece, eu acho. Eu passei a pensar em como eu deixava ela sozinha, que eu podia ter ligado mais, ter reclamado menos e ter exigido menos dela. Porque hoje, pouco, nem que fosse um pouquinho só dela aqui, me faria o cara mais feliz desse mundo. E no nosso mural em meu quarto eu escrevi: Se me amava, por que partiu? Tantas noites de insônia, tanta solidão. E eu lembro como se fosse ontem, ela em meus braços me pedindo pra eu aperta-la com força. Minha vida virou em torno disso, e tive que me acostumar. Seguir em frente, é o que fazemos mesmo quando não temos forças. Ninguém sabe o quanto isso doía em mim. Em uma noite escura, fui à praia, onde ela mais gostava de ficar, e lembrei o quanto aquela garota importava pra mim. Quando cheguei em casa, minha mãe me olhou e abaixou a cabeça. Entrei em meu quarto e lá estava escrito no meu mural, abaixo da pergunta que eu fiz: Eu também precisava saber que você me amava. Pensei que você lutaria por mim. Cara, como eu pude ser tão idiota? Por que eu não fui atrás dela. Isso foi o pior! Até que um amigo me mandou um link que tinha o nome dela. Cliquei ancioso, e era o seu tumblr. Eu sempre soube que ela tinha um, mas eu nunca me importei em ler. E quando eu comecei a ler pagina por pagina, lagrimas correram em meu rosto. Se eu ao menos tivesse prestado atenção em cada detalhe antes, eu não teria feito ela se sentir tão mal. Se ao menos eu tivesse lido como ela se sentia … Cada declaração, cada texto que ela dedicava a mim, e tudo o que ela tinha escrevido ali hoje fazia algum sentido, e eu passei a entender. E nada que eu pudesse fazer, iria fazer as coisas melhorarem. E hoje eu vi, eu a perdi.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

maldito frasco.

Eu estava na casa da minha avó. Era de manhã, por volta de umas nove horas, haviamos acabado de acordar. Ela disse que iria comprar coisas para o almoço. Eu já sabia que ela não iria realmente comprar coisas para o almoço, vigiando ela pude ver ela pegar o caminho contrario do mercado. Eu sabia. Sabia que ela iria comprar aquele frasco de que ela não vive sem, ai meu coração já se partiu. Quando voltou, voltou com umas sacolas misturadas e pude ver que em uma delas, estava lá, aquele maldito frasco de bebida. Mas eu estava quieta, fingindo não notar e nem ligar pra nada, mas a verdade é que eu estava ligando e notando mais do que ela imaginava, estava magoada por ter que ver uma coisa que desejava não ter visto. Como sempre, ela o escondeu em baixo da cama, o lugar onde ela pensa que ninguem sabe que ela o guarda lá. Tentei me destrair o tempo todo para que ela não notasse nada a respeito disso, acho que consegui. Algumas horas depois ela e minha prima foram preparar o almoço, porque não sei fazer nada que venha a respeito da cozinha, rs. Tudo bem, ela ainda não havia comido, estava esperando eu e minha prima acabar para poder comer. Acabamos e fomos logo pro quarto, fazer nada. Ela ia almoçar, mas antes foi tomar um gole de sua bebida. Logo que ela sai do quarto, pega sua comida e se senta para comer. Fiquei jogada na cama pensando no que fazer a respeito daquele frasco e minha prima deitada do lado, acho que entendendo um pouco do meu pensamento mas ao mesmo tempo não entendendo nada. Deitada, fico olhando pelo cantinho da porta que avista onde minha vó está sentada, reparando cada movimento delicado que ela usa para colocar a comida na boca. E me vem tantas coisas na cabeça, que minha cabeça começa a doer, aquela mesma dor de sempre, aquela mesma dor que sempre vem me atormentar. Estava pensando se iria mesmo fazer a idéia que estava em minha mente ou não... Não tive escolha. Me levantei apressadamente, peguei o frasco embaixo da cama e joguei tudo o que tinha lá dentro pela janela, aquela bebina se misturou com a agua da chuva, por isso o cheiro não ficou forte, ele se foi junto com a bebida. Deixei o frasco em cima da janela mas só que por fora. Fico olhando pra chuva cair enquanto penso no que eu fiz. Eu não tive escolha. Ou era ver ela cair mais uma vez ou era fazer o melhor para o bem dela. Minha prima encosta sua mão no meu braço me olhando com um olhar de piedade, de pena.
- Tadinha, deixa ela beber. Ela usou o dinheiro dela. Tadinha. Tadinha! - ela fala olhando pra minha avó com cara de pena.
Tadinha. Tadinha. Tadinha. Tadinha. Tadinha. Tadinha. Tadinha. Tadinha. Essas palavras ficaram gravadas profundamente em minha mente. Eu não disse nada a respeito, apenas fiquei olhando minha avó comer. Fiquei confusa, não fiz isso por mal, sei que não fiz. Me sinto bem por ter feito isso mas ao mesmo tempo culpada por ter jogado o que ela gosta fora. Mas ela não precisa daquilo, ela acha que precisa para viver mas não precisa. Acho que fiz errado jogando toda a bebida que havia dentro daquele frasco fora. Mas foi para o bem dela. O bem dela faz o meu bem estar. Saio do quarto sentando no sofá ao lado dela, me jogo contra o travisseiro massio que está lá, me jogo como se estivesse acabada, fracassada que fasso com que ela perceba que não estou bem. Ela me olha com um olhar duvidoso tentando entender o motivo louco de do nada eu ter me jogado lá. Mas eu nego o olhar, nego as palavras, nego tudo que venha a ela achar que joguei toda a bebida dela fora. Ela desiste de tentar entender pelo olhar e volta a olhar para a TV. Percebo que minha prima ainda está no quarto, e uma pergunta imensa e dolorosa invade minha mente (Fazendo o que?). Volto para o quarto afim de conferir o que ela está fazendo que não sai do quarto. Abro a porta e vejo que ela está deitada no escuro. Assim que eu abri a porta pude ver seu olhar triste e desapontado mas que mudou por um segundo, quando ela me viu, quis desfarçar com um sorriso que não conseguiu me convencer que era real. Logo eu sai e deitei no sofá denovo. Minha avó perguntou o que ela fazendo. Eu disse que não estava fazendo nada, mesmo sabendo o que realmente ela estava fazendo. Ela estava pensando nele. No pai dela que no caso, é meu tio e que no caso, é o filho da minha avó. Que não está mais aqui. Ela estava pensando de como minha avó estaria bebendo menos se ele estivesse aqui. Ela estava pensando de como ela bebe para tentar fugir de tudo mas não consegue. Isso fez com que eu me sentisse culpada, muito culpada. Não culpada por ele não estar mais aqui, mas culpada por ter feito ela lembrar, ou melhor, ter feito ela pensar em tudo isso. Estou confusa. Minha cabeça dói, sinto minha alma arder como fogo. Não consigo esquecer o que passei essa manhã de terça-feira.